BASBAUM, R. (2001): BASBAUM, Ricardo (Org.). Arte contemporânea brasileira: texturas, dicções, ficções, estratégias. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001. 413p. Disponível em: link externo. Acesso em: 16 dez. 2023.
- DOCTORS, M. (2001): DOCTORS, Márcio. A radicalidade do real. In: BASBAUM, Ricardo (Org.). Arte contemporânea brasileira: texturas, dicções, ficções, estratégias. Rio de Janeiro: Rios Ambiciosos, 2001. p.79-83. [sobre a “radicalidade do real” acesse também Ocupação Mario Pedrosa]
trechos:
p.81: É a partir dessa fissura (que se constitui no outro do neoconcreto), que localizamos como a RADICALIDADE DO REAL, que vemos se delinear as obras de Lygia Pape, Lygia Clark e Hélio Oiticica. O compromisso da prática desses três artistas é com um discurso anti-metafísico. Por isso é que Lygia Pape sempre foi e não pertence mais ao neoconcreto.
p.82: A grande pista é a experiência radical do espaço. O espaço é visto e vivido como concretude; como campo de positividades. Não há nada escondido. Não há vazio negativo. Há a RADICALIDADE DO REAL. O espaço não é pensado como abstração. É pensado como campo de finitudes externas e internas que se determinam e agem como vasos intercomunicantes do dentro e do fora. Por isso a experiência é radical : é duramente política. Não há lugar para amolecimentos morais. É ética. Tudo que está dentro está fora. Tudo que está fora se fecha no dentro. É um sistema fechado que funciona como logística para que a singularidade e a obra não se territorializem nunca; permaneçam como sistemas pulsativos e abertos em que as intensidades interajam com o mistério, tornando-o visualmente produtivo. […]
p.403:
FONTES
[…]
A RADICALIDADE DO REAL
Galeria, n. 21, São Paulo, 1 990, p. 68-75 .