desenho universal em português, por vezes designado com as siglas DU e D.U. , bem como com as expressões desenho inclusivo, desenho livre de barreiras, desenho para todos, desenho total, design inclusivo, design para todos, design total e design universal
diseño universal em espanhol (castelhano)
universal design (sigla UD) em inglês – por vezes designado como design for all / inclusive design
referência para citação
OLIVEIRA, M. F. (2019c2): OLIVEIRA, Marcos Fontoura de. Desenho universal (verbete do “vocabulário de acessibilidade com desenho universal na cidade” da Biblioteca do LevanteBH). Belo Horizonte. LevanteBH, Belo Horizonte, 12 mar. 2019 (atualizado em 11 ago. 2023).
comentário: esta referência integra pela menos uma versão da NTL n.º 1 da série NTL.
atenção 1
Uma vez elaborada a última versão da NTL n.º 1, seguiremos aprimorando seus conteúdos no verbete Vocabulário de Acessibilidade com Desenho Universal na Cidade do website LevanteBH.
atenção 2
No website LevanteBH, quando você se deparar com uma mensagem de erro ao clicar em um atalho, significa que você tentou acessar uma postagem que ainda não foi liberada. Quando isso ocorrer, basta retornar à página que você estava lendo.
Os verbetes acessibilidade e desenho universal são verbetes-chaves, siameses, da Biblioteca do LevanteBH, tomados como conceitos-chaves na pesquisa Como viver junto na cidade” (pós-doutorado de Marcos Fontoura de Oliveira).
Nos verbetes da Biblioteca do LevanteBH optamos pelo uso, dentre as aqui apresentadas, da expressão desenho universal. Todas as demais denominações mostradas no topo desta postagem, quando usadas, recebem uma etiqueta (tag) para facilitar as comparações.
Como todo conceito, o de desenho universal também está em permanente evolução e, portanto, suas definições e utilizações precisam ser lidas em ordem cronológica. Nesta postagem a definição mais antiga que encontramos de desenho universal remonta ao ano de 1963.
Vale destacar, desde já, como uma conclusão da pesquisa Como viver junto na cidade: somente onde o desenho universal for plenamente alcançado haverá uma cidade inclusiva, ou seja, uma cidade para todas as pessoas.
São sete os princípios do desenho universal (principles of universal design em inglês) definidos em 1997 pela University of North Carolina (UNC/USA) – Universidade da Carolina do Norte (UNC/Estados Unidos). Eles estão formalmente incorporados à legislação brasileira (acesse marco legal de acessibilidade). Acesse cada um deles, assim denominados na Biblioteca do LevanteBH:
- princípio 1 – uso equitativo
- princípio 2 – flexibilidade no uso
- princípio 3 – uso simples e intuitivo
- princípio 4 – informação de fácil percepção
- princípio 5 – tolerância ao erro
- princípio 6 – baixo esforço físico
- princípio 7 – dimensão e espaço para aproximação e uso
#em breve – acesse via GoogleDocs a tabela com a comparação dos nomes dos princípios encontrados em todas as fontes pesquisadas, que justifica a nossa escolha dos nomes de cada princípio.
A seguir apresentamos práticas que ilustram cada um dos sete princípios do desenho universal (utilizando a numeração proposta pela UNC, incorporada à legislação brasileira em 2016 pela LBI):
- Portas automáticas na entrada de um prédio comercial são um exemplo de desenho universal com uso equitativo, pois todas as pessoas passarão pelas portas automáticas da mesma maneira, bastando delas se aproximar. Elas são boas tanto para as pessoas que poderiam abrir a porta caso houvesse uma maçaneta para girar ou uma barra para empurrar, quanto para pessoas em cadeira de rodas, para pessoas com deficiência visual, para pessoas sem as mãos e, ainda, para pessoas com as mãos ocupadas com embrulhos que acabaram de comprar em alguma loja do prédio comercial acessado. Outro exemplo são as linhas de bloqueio em estações de transporte coletivo, para controle de pagamento das passagens, nas quais não há roletas e todos os usuários passam pelos mesmos lugares, sejam eles pessoas com obesidade, grávidas ou em cadeiras de rodas.
- Assento e volante ajustáveis nos automóveis são um exemplo de desenho universal com flexibilidade no uso, pois homens e mulheres, altos e baixos, podem comprar o mesmo veículo em uma concessionária e ajustá-lo a ao seu tamanho a cada viagem.
- Máquinas de venda automática de bilhetes em estações de transporte coletivo, que atendem igualmente os moradores locais e os turistas, os usuários habituais e os ainda familiarizados com o equipamento, sejam esses usuário pessoas com ou sem deficiência, são um exemplo de desenho universal com uso simples e intuitivo.
- Aplicativos de telefone celular que permitem a utilização de pessoas com deficiência visual e/ou auditiva, facilitando a utilização por pessoas sem deficiência em ambientes escuros e/ou barulhentos com estações de transporte coletivo, bem como a disponibilização inteligente de informações em mapas e placas, são um exemplo de desenho universal com informação de fácil percepção.
- Ferramentas como máquinas de serrar ou pregar que possuem travas e pinos de segurança, evitando ou minimizando o risco de pessoas se machucarem, são exemplos de desenho universal com tolerância ao erro.
- A maçaneta de uma porta ou a torneira de uma pia (em uma estação de transporte coletivo) que têm uma haste a ser empurrada no lugar de algo redondo a ser girado, por atender não apenas às pessoas que não têm força para rodá-las, mas também às pessoas com a mão molhada ou ocupada, são exemplos de desenho universal com baixo esforço fisico
- Linhas de bloqueio em estações de transporte coletivo que permitem a utilização de todas e todos, independente do tamanho do corpo, da postura ou da mobilidade do usuário, em especial as pessoas em cadeira de rodas, com obesidade e grávidas, são um exemplo de desenho universal com dimensão e espaço para aproximação e uso.
O entendimento do que é, na prática, um serviço ou um equipamento com desenho universal está em permanente transformação. A seguir, em ordem cronológica descendente, acesso às fontes da Biblioteca do LevanteBH sobre desenho universal para construção do presente verbete:
11 ago. 2023: Roda de conversa na Casa Socialista (Belo Horizonte) com o tema “Transporte em BH: desafios e possibilidades”. Marcos Fontoura fala de “acessibilidade com desenho universal na mobilidade urbana”.
12 jun. 2023: Live Mobilidade Urbana com Desenho Universal.
1º junho 2023: Marcos Fontoura, após ler artigo publicado sobre redução de velocidade, registra: Pensei em escrever algo como “os mitos sobre a obrigatoriedade do desenho universal.
24 set. 2022: Acesso à matéria “Descubra nosso compromisso com a acessibilidade – Inclusive Design” com definição: “Inclusive Design is a methodology, born out of digital environments, that enables and draws on the full range of human diversity. Most importantly, this means including and learning from people with a range of perspectives”. [tradução livre nossa: “O Design Inclusivo é uma metodologia, nascida de ambientes digitais, que permite e utiliza toda a gama da diversidade humana. Mais importante ainda, isto significa incluir e aprender com pessoas com uma gama de perspectivas”.
22/01/2022: Alterado o nome do verbete de “desenho universal / princípios do desenho universal” para “desenho universal” e estabelecido um link para ele em uma nota de rodapé da NTA n.º 5E, onde foi registrado: “Acesse os verbetes-chaves acessibilidade e desenho universal da Biblioteca do LevanteBH para mais informações”.
21 jun. 2021: Realizada reunião CMSO/GAB, a pedido de Marcos Fontoura, para tratar dos assuntos: desenho universal, visão monucular, estacionamento para pessoas com TEA, táxi acessível, CMG. Em seguida, o parecer técnico emitido em 15/06/2021 foi enviado por e-mail da CMSO/DPR/BHTRANS ao GAB (arquivo BHTRANS-2021-06-21). Após a reunião, a pedido do GAB, foi enviado e-mail aos presentes respondendo “o que é desenho universal?”.
5 jan. 2021: Reportagem “Reino Unido cria primeiro teste de gravidez acessível para pessoas cegas” no Uol. O produto é “concebido como parte da campanha “design para todos“, do RNIB (sigla em inglês para o Real Instituto Nacional de Cegos)”.
2020: A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo lança o guia “Desenho Universal e Acessibilidade na Cidade de São Paulo”.
3 ago. 2020: A NBR 9050/2020 assim define desenho universal: “concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem utilizados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específco, incluindo os recursos de tecnologia assistiva
NOTA O conceito de desenho universal tem como pressupostos: equiparação das possibilidades de uso, flexibilidade no uso, uso simples e intuitivo, captação da informação, tolerância ao erro, mínimo esforço físico, dimensionamento de espaços para acesso, uso e interação de todos os usuários. É composto por sete princípios, descritos no Anexo A.
2019: acesso pela internet a uma apresentação assinada pela National Disability Authority – NDA com descrição e fotografias ilustrativas de cada um dos 7 Principles of Universal Design.
2019: acesso à página da North Caroline State University (NCSU) – Universidade Estadual da Carolina do Norte (USA), dá acesso aos Principles of Universal Design in Languages Other than English, ou seja, aos sete princípios em várias línguas para além do inglês, incluindo português e espanhol.
2019: PDF encontrado na internet, assinado pela North Caroline State University (NCSU) – Universidade Estadual da Carolina do Norte (USA), dá acesso a um esquema dos Principles of Universal Design com fotografais ilustrativas de cada um dos sete princípios.
2018: o Centre for Excellence in Universal Design (CEUD da NCSU) na postagem The 7 Principles de sua home page, assim descreve (tradução livre minha) os princípios do desenho universal:
- “Os sete princípios do desenho universal foram desenvolvidos em 1997 por um grupo de trabalho de arquitetos, designers de produtos, engenheiros e pesquisadores de desenho ambiental, liderados pelo falecido Ronald Mace na Universidade Estadual da Carolina do Norte [NCSU]. O objetivo dos Princípios é orientar o desenho de ambientes, produtos e comunicações. Para o Center for Universal Design da NCSU , os Princípios podem ser aplicados para avaliar projetos existentes, orientar o processo de projeto e educar designers e consumidores sobre as características de produtos e ambientes mais utilizáveis. […] Desenho universal é o desenho e a composição de um ambiente que pode ser acessado, compreendido e usado por todas as pessoas, independentemente da idade, tamanho, capacidade ou deficiência. Um ambiente (ou qualquer edifício, produto ou serviço nesse ambiente) deve ser projetado para atender às necessidades de todos. Este não é um requisito especial para o benefício de apenas uma minoria da população. É uma condição fundamental do bom desenho. Se um ambiente é acessível, utilizável, conveniente e prazeroso de usar, todos se beneficiam. Ao considerar as várias necessidades e habilidades de todo o processo de desenho, o desenho universal cria produtos, serviços e ambientes que atendem às necessidades das pessoas. Simplificando, o desenho universal é um bom desenho.
27 dez. 2018-BH: a 31ª EMLO-BH (art. 13, que altera o § 2º do art.181 da LO-BH) determina que “Os veículos de transporte coletivo deverão atender aos princípios do desenho universal e aos requisitos de acessibilidade vigentes para garantir a utilização com segurança e autonomia das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.
6 ago. 2018: Em entrevista à TV Record, Marcos Fontoura participa do programa “Faça Parte explica o que é o desenho universal“.
2018: projeto de lei do Senado propõe alterar o Estatuto da Cidade “”para exigir o atendimento aos princípios do desenho universal na concepção e implantação de projetos de desenvolvimento urbano.”” conforme BRASIL(2018m) – texto idêntico em: desenho universal / Estatuto da Cidade.
2017-BH: o conceito do desenho universal poderia ter sido reforçado em anúncio de novo serviço inaugurado em abril/2017: “”UMA CIDADE PARA TODOS – Avisos sonoros em semáforos garantem uma travessia [de pedestres] mais segura para pessoas com deficiência visual, baixa visão e idosos””, uma vez que o aviso sonoro é acionado para qualquer pessoa e independente de acionamento, conforme BHTRANS(2017m7)”.
2017: “”o melhor sinônimo de desenho universal parece ser o de design para todos (design for all) , sendo também a expressão mais popular em países europeus”” conforme BARROSO(2017,p.18) / “”Alguns estudos advertem, no entanto, que o termo “”Desenho universal”” tem sido adotado inadequadamente, como sinônimo de cumprimento das normas de projeto acessível […]”” conforme BARROSO(2017,p.19) / “”Conforto na acessibilidade tem sido frequentemente abordado em relação aos padrões erginômicos , no sentido de adequar o projeto às diferentes alturas, idades, habilidades físicas, sensoriais e cognitivas do usuário, para que possam acessar desterminados espaços com esforços reduzidos […]”” conforme BARROSO(2017,p.21).
2017: a Prefeitura de Curitiba implantou dispositivos que aumentam o tempo de travessia [de pedestres] quando acionados por usuários cadastrados com direito à gratuidade, conforme INTRAFF(2017a) medida que está na contra-mão do desenho universal
“um dos cinco princípios da lei de inclusão da PcD promulgada no Chile em 2010 (os outros princípios são: vida independente, acessibilidade universal, intersetorialidade, participação e diálogo social) – acesse também: acessibilidade universal de “”Chile””, que nos permite concluir, para dirimir a diferença (dos conceitos em português) entre acessibilidade universal e desenho universal (desenho é a “”atividade”” e acessibilidade é a “”condição”” na busca de uma cidade para todos).
2017: Alan Vasconcelos posta Desenho universal na prática no blog IGTI. Ele afirma que o desenho universal “sustenta a ideia de projetar (ou no inglês, to design) produtos, serviços, ambientes e interfaces que possam ser usadas pelo maior número de pessoas possível, independentemente de suas capacidades físico-motoras, idade ou habilidades”. A postagem descreve e ilustra cada um dos sete princípios do desenho universal, no que parece ser uma tradução do texto em inglês na NCSU.
2017: Dissertação Praias acessíveis: uma análise jurídica e espacial para Florianópolis a partir da convenção da ONU (CRPD) e da premissa do desenho universal.
2016: Lançado pela deputada Mara Gabrilli o “Guia sobre LBI” com uma definição de desenho universal e uma conclusão equivocada: “O Desenho Universal é um conceito que tem por objetivo definir produtos e espaços que atendam a todos: crianças, adultos e idosos; pessoas altas e baixas, anões, gestantes e pessoas sem ou com qualquer tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. Podemos dizer [conclusão equivocada] que onde há acessibilidade, há aplicação do Desenho Universal.” (p.14).
2016: Lançada pela deputada Mara Gabrilli a cartilha “Desenho universal: um conceito para todos” elaborada por Ana Claudia Carletto e Silvana Cambiaghi.
2016: Trabalho de atividade acadêmica da disciplina Acessibilidade e Design Universal do curso de pósgraduação Especialização em Arquitetura de Interiores na Universidade de Passo Fundo onde: “Entende-se acessibilidade universal ou integral como o direito de ir e vir de todos os cidadãos, inclusive daquelas pessoas com deficiências permanentes ou ocasionais, quer seja cadeirantes, deficientes visuais ou auditivos, gestantes ou idosos, e de transitar e acessar todos os espaços da cidade, prédios públicos e institucionais, de usar transporte e equipamentos públicos, como telefones, sanitários, rede bancária, etc.” (fonte, p.2),
2016: O CNMP lança o Guia de atuação do Ministério Público – pessoa com deficiência: direito à acessibilidade, ao atendimento prioritário, ao concurso público, à educação inclusiva, à saúde, à tomada de decisão apoiada e à curatela com sua lista de “princípios básicos do Desenho Universal” (p.8).
2016: desenho livre de barreiras é uma das quarenta ações propostas pela ONG Arup – Cities Alive para se conseguir uma cidade caminhável – “”Inclusive design – Design can remove barriers between physical space and communities. The elderly, people with a disability and those with mobility issues often need more help than others to conquer physical barriers in cities. By providing public services such as public elevators or wayfinding aids, barriers can be overcome for people with different needs, allowing or assisting with walking and personal mobility.”” conforme ARUP(2016, p.125)” #pendente //set.2016: “”Universal design does not have to be costly, but it needs to be considered throughout the entire process for it to work. It requires a lot of thought going into the design of the building and a professional who is an expert in the principles of universal design.”” conforme PURDUE(2016) //2016: “Diseño universal [notas 1,9,10] – Es el diseño de productos, entornos, programas y servicios que puedan utilizar todas las personas, en la mayor medida posible, sin necesidad de adaptación ni diseño especializado. El diseño universal no excluirá las ayudas técnicas para grupos particulares de personas con discapacidad cuando se necesiten. Con base en los siguientes principios: uso equitativo, uso flexible, uso simple o intuitivo, información perceptible, tolerancia al error, mínimo esfuerzo físico y adecuado tamaño de aproximación y uso.” conforme MÉXICO(2016a,p.12)
1º nov. 2016: por meio da Resolução CMDPD-BH n.º 01/2016 são aprovadas dez diretrizes para o denominado Plano Municipal de Promoção e Inclusão da Pessoa com Deficiência de Belo Horizonte. Destaque-se a diretriz n.º 2: “Garantir a acessibilidade, na perspectiva do desenho Universal“.
out. 2016: “”O projeto arquitetônico considera soluções diversas e complementares para permitir o uso simples e intuitivo de ambientes e edificações e o atendimento às premissas do Desenho Universal, como a padronização dos espaços e a ausência de obstáculos nas áreas de circulação, minimizando os riscos e as consequências adversas de ações involuntárias e imprevistas. […] Ao acatar os preceitos do desenho universal, o projetista está beneficiando e atendendo às necessidades de pessoas de todas as idades e capacidades.”” conforme ABNT(2016f,p.viii) – texto idêntico (parte) em: desenho universal de “”Brasil-2016″” e uso simples e intuitivo.
set. 2016: “”desenho universal”” é um “”nível da escala”” em OLIVEIRA(2018e/Quadro 2), caracteristica atribuída pelo SisMob-BH aos ônibus do sistema de transporte coletivo urbano de alguma cidade/região quando o embarque/desembarque é oferecido, em todos os pontos de parada e a todas as pessoas, com a possibilidade de ser exclusivamente em nível com base no desenho universal. /// 2016: “”São princípios básicos do Desenho Universal: a) Uso equitativo (utilizado por pessoas com habilidades diversas); b) Uso flexível (acomoda uma ampla faixa de preferências e habilidades); c) Uso simples e [uso] intuitivo (fácil compreensão e independente de experiência); d) Informação de fácil percepção (comunica a informação de modo claro e independente de habilidades específicas); e) Tolerância ao erro (minimiza os efeitos de riscos e erros); f) Baixo esforço físico; g) Dimensão e espaço para aproximação e uso (permite a aproximação, o alcance e o uso, independente das características do usuário).”” conforme CNMP(2016a,p.8).
5 jul. 2016: Inicia-se a tramitação do PLS n.º 279/2016 que “Altera a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), para determinar que projetos e tipologias construtivas adotados em programas habitacionais públicos ou subsidiados com recursos públicos considerem os princípios do desenho universal“.
11 out. 2015: Entra em vigor a NBR 9050/2015 conceituando que desenho universal é a “concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem utilizados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva”, com uma nota explicativa de que “O conceito de desenho universal tem como pressupostos: equiparação das possibilidades de uso, flexibilidade no uso, uso simples e intuitivo, captação da informação, tolerância ao erro, mínimo esforço físico, dimensionamento de espaços para acesso, uso e interação de todos os usuários” (p.4). Essa nota informa que o desenho universal é “composto por sete princípios, descritos no Anexo A” (p.4). Esse anexo (p.139-140) é “informativo” e denominado “Desenho universal e seus princípios”.
6 jul. 2015: A LBI estabelece, em um rol de definições (art.3º), desenho universal como “concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva” (inciso II). Estabelece também (art. 55) a obrigatoriedade de “atender aos princípios do desenho universal, tendo como referência as normas de acessibilidade” (caput) com cinco parágrafos que a detalham. Desses, convém destacar dois: que “O desenho universal será sempre tomado como regra de caráter geral” (§ 1º) e que “Desde a etapa de concepção, as políticas públicas deverão considerar a adoção do desenho universal” (§ 5º).
2015: “”Accesibilidad Universal […] Diseño Universal – Se entiende como la actividad por la que se conciben o proyectan, desde el origen, entornos, procesos, bienes, productos, servicios, objetos, instrumentos, dispositivos o herramientas, de forma que puedan ser utilizados por todas las personas o en su mayor extensión posible. Es decir, debemos considerar desde el inicio del proceso de diseño, así como en toda intervención del espacio público y las edificaciones, que se cumpla la condición de accesibilidad para todas las personas.”” conforme SANTIAGO(2015,p.40)
2014: a diferença entre acessível e desenho universal é ilustrada em cartilha do BID conforme ALVAREZ(2014) na refe. do guia
2013: “”A evolução nas discussões entre especialistas, teóricos, acadêmicos e praticantes da cidade fez surgir a filosofia do Desenho Universal ou para todos. Quem primeiro pensou nesta ideia foi o arquiteto Ron Mace, nos anos 90 [essa data precisa ser confirmada] do século XX.”” conforme DUARTE;COHEN(2013, p.22)
2010: “”Artículo 3º.- En la aplicación de esta ley deberá darse cumplimiento a los principios de vida independiente, accesibilidad universal, diseño universal, intersectorialidad, participación y diálogo social. Para todos los efectos se entenderá por: […] c) Diseño Universal: La actividad por la que se conciben o proyectan, desde el origen, entornos, procesos, bienes, productos, servicios, objetos, instrumentos, dispositivos o herramientas, de forma que puedan ser utilizados por todas las personas o en su mayor extensión posible.”” conforme CHILE(2010)”
2009: “”“Desenho universal” significa a concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados, na maior medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico. O “desenho universal” não excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias. “” conforme BRASIL(2009b)
2008: “”A expressão Universal Design (Desenho Universal) foi usada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1985 [essa data precisa ser confirmada], pelo arquiteto Ron Mace, que influenciou a mudança de paradigma no desenvolvimento de projetos urbanos, de arquitetura e design, inclusive de produtos. Para MACE (1991), o Desenho Universal aplicado a um projeto consiste na criação de ambientes e produtos que possam ser usados por todas as pessoas, na sua máxima extensão possível. […] Embora nos Estados Unidos já houvesse normas técnicas de acessibilidade em vigência, antes do advento do Desenho Universal os espaços projetados e construídos não eram pensados para serem usados por todas as pessoas, com deficiência ou não. Havia somente locais alternativos ou reservados para indivíduos com apresentavam algum tipo de limitação de mobilidade, de sentidos ou cognição.”” conforme SP(2008b,p.14) – Na década de 1990, um grupo de arquitetos e defensores de uma arquitetura e design mais centrados no ser humano e sua diversidade reuniu-se no Center for Universal Design, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a fim de estabelecer critérios para que edificações, ambientes internos, urbanos e produtos atendessem a um maior número de usuários. Esse grupo definiu os sete princípios do Desenho Universal, […]”” conforme SP(20087b,p.15)
2008: O Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG) publica o paper “Os 7 princípios do desenho universal” que “podem ser aplicados na avaliação de desenhos já existentes, guiar o processo de desenho e educar desenhadores e consumidores sobre as características de produtos e ambientes mais usáveis e mais ajustados às necessidades de todos”.
2008: “”O Desenho Universal é uma resposta ao movimento da sociedade, que busca eficiência e funcionalidade para todos os indivíduos ao longo dos ciclos da vida. […] O Desenho Universal é um fator decisivo quando o objetivo é a construção de uma sociedade para todos que prioriza a eliminação das barreiras arquitetônicas e ambientais.”” conforme SP(2008,p.7) – texto idêntico em: desenho universal / sociedade para todos //
6 dez. 2006: As Nações Unidas definem universal design em relatório final de Comissão Ad Hoc com a seguinte afirmativa [tradução livre minha]: “desenho universal” significa o desenho de produtos, ambientes, programas e serviços para serem utilizados por todas as pessoas, na maior extensão possível, sem a necessidade de adaptação ou desenho especicializado. O “desenho universal” não exclui dispositivos de assistência para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessário. Essa afirmativa é importante para eliminar o senso comum de que o desenho universal seria algo impossível, para justificar as chamada adaptação razoável. Precisamos ter em mente que um dispositivos inexistente será, sempre, um dispositivo “ainda” não existente.
2 dez. 2004: O Decreto n.º 5.296/2004 define: “desenho universal: concepção de espaços, artefatos e produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade. (inciso IX do art. 8º).
1999: “”Só mediante a contemplação dos conceitos de design universal e de acessibilidade ambiental sob uma perspectiva dinâmica é que se pode verificar sua veracidade. Assim, acessibilidade ambiental, ou design inclusivo, é entendida como um processo baseado no modo como pessoas sob efeito de deficiências variadas podem vivenciar o ambiente construído de forma plena e completa.”” […] Assim, design universal, isto é, projetando-se para todos, é o último nível que se pode alcançar no processo da prática da acessibilidade ambiental em arquitetura. […] A acessibilidade ambiental [ou desenho universal] é um processo dinâmico, que devemos compreender de modo a obtermos soluções de design universal.”” conforme GUIMARÃES (1999, p.126, 127).
1997: Desenvolvimento dos sete princípios do desenho universal “por peritos do Centro de Desenho Universal, da Universidade da Carolina do Norte” com o objetivo apoiar a “concepção de produtos e ambientes utilizáveis, sem adaptação, por todas as pessoas, no maior grau possível” conforme paper do CRPG.
1996: “”Segundo PASSINI (1996), o princípio do desenho universal possui a grande vantagem de não discriminar as pessoas com deficiência, mas incluí-las, uma vez que o espaço deve ser projetado para satisfazer as necessidades de um grupo maior de pessoas […]”” conforme BARROSO(2017,p.18)”
considera-se “6” o requisito de parte interessada (RPI) sem desenho universal para os ônibus que operam no transporte coletivo urbano pois esse é nível da escala IAED na qual se enquadram os veículos da “frota em n.º de ônibus do transporte coletivo urbano de uma cidade/região de piso alto operando com embarque/desembarque apenas em plataformas elevadas (BRT, por exemplo) ou veículos de piso baixo dianteiro, traseiro ou central, em ambos os casos sem rampa veicular (com embarque/desembarque podendo acontecer em nível em todas as portas ou em parte das portas, embora sem o apoio de uma rampa e dependente no motorista estacionar rente à plataforma ou rente à plataforma, sempre sem garantia de fronteira máxima conforme normas brasileiras vigentes”
considera-se “10” o requisito de parte interessada (RPI) com desenho universal para os ônibus que operam no transporte coletivo urbano pois esse é nível máximo da escala IAED na qual se enquadram os veículos da “frota em n.º de ônibus com desenho universal no embarque/desembarque”
1994: Edward Steinfeld conta, em palestra, que “Um dos melhores exemplos do desenho universal é talvez a adaptabilidade do banco do automóvel durante a II Guerra […]”.
1963: “”O conceito de “Desenho Universal”, criado por uma comissão em Washington, EUA, no ano de 1963, foi inicialmente chamado de “Desenho Livre de Barreiras” por se voltar à eliminação de barreiras arquitetônicas nos projetos de edifícios, equipamentos e áreas urbanas. Posteriormente, esse conceito evoluiu para a concepção de Desenho Universal, pois passou a considerar não só o projeto, mas principalmente a diversidade humana, de forma a respeitar as diferenças existentes entre as pessoas e a garantir a acessibilidade a todos os componentes do ambiente.”” conforme CREA-SC(2017a,p.13)”.