MANGUEL, A. (2006a): MANGUEL, Alberto. A biblioteca à noite. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. 301p. Título original: The library at night.
observação: referência com link em trecho da página Convite a um Levante.
trechos:
Capítulo 1 – Mito
p.28: Hoje, a Biblioteca de Alexandria foi reconstruída pelo governo egípcio depois de um concurso de projetos vencidos pelo escritório norueguês Snohetta. A um custo de 220 milhões de dólares, atingindo 32 metros de altura e com uma circunferência de 160 metros, com espaço espaço suficiente nas estantes para guardar mais de 8 milhões de volumes, a nova Biblioteca de Alexandria também abrigará material audiovisual e acervos virtuais em seus amplos aposentos.
observação: Fragmento desse trecho assim citado na página Biblioteca do LevanteBH: Ela pode, também, ter “espaço suficiente nas estantes para guardar mais de oito milhões de volumes” como na moderna biblioteca de Alexandria, no Egito.
Capítulo 9 – Mente
p,165: É possível construir uma biblioteca que imite essa ordem associativa e caprichosa, uma biblioteca que parecesse uma coleção aleatória de livros ao observador desinformado, mas que de fato seguisse uma organização lógica, ainda que profundamente pessoal? Consigo me lembrar ao menos um exemplo. [e prossegue até a p.177 falando de Aby Warburg]
p.169: […] não surpreende, portanto, que ele tenha preferido explicar a constituição de sua biblioteca por mio de uma definição emprestada do crítico Ewald Hering. Para Warburg, a biblioteca era memória, mas “memória como matéria organizada”. [nota 12]
observação: definição citada na página Convite a um Levante.
p.170: […] Tal como Warburg a imaginava, uma biblioteca era sobretudo uma acumulação de associações, cada associação gerando uma nova imagem ou um novo texto, até que as associações devolvessem o leitor à primeira página. Para Warburg, toda biblioteca é circular.
observação: trecho citado na página Convite a um Levante.
p.171: […] Quando visitei a sala de leitura reconstruída em Hamburgo (que hoje guarda apenas uma fração dos volumes originais) e examinei as estantes arredondadas na câmara central, de formato oval, a sensação que experimentei foi de confusão: era como estar no meio de uma cidade estrangeira, cujas placas certamente significam alguma coisa, mas cujo sentido eu não lograva penetrar. […]
p.177: Em 1933, na sequência da nomeação de Hitler para a chancelaria do Reich, a Biblioteca Warburg e sua equipe emigraram para a Inglaterra. Seiscentas caixas de livros, mais a mobília e os equipamentos, foram enviados por via marítima a Londres. […]
Capítulo 11- Sobrevivência
p.200-201: Muito embora o acervo da biblioteca infantil de Birkenau con-[fim da p.200] tasse apenas com oito ou dez livros, havia outros mais que circulavam oralmente. […]
observação: fragmento desse trecho assim citado na página Biblioteca do LevanteBH: Ela pode ter “apenas oito ou dez livros” como a que as crianças mantiveram clandestinamente no campo de concentração de Birkenau, na Polônia ocupada pelos nazistas.
Capítulo 13 – Imaginação
p.224: […] Muitas vezes, sob minhas duas árvores [que ficam no jardim, diante das janelas da biblioteca], sentei-me com amigos e descrevi livros que nunca escrevi. Temos bibliotecas inteiras repletas de histórias que jamais nos sentimos compelidos a pôr no papel. “Imaginar a trama de um romance talvez seja uma tarefa feliz”, Borges disse certa vez. “Escrevê-la de fato seria um exagero.” [nota 8] Borges gostava de preencher os espaços da biblioteca que não podia ver com histórias que não cuidava de escrever, mas para as quais às vezes compunha um prefácio, sumário ou resenha. […]
comentário: Fico pensando que assim ficarão por um tempo as etnografias da pesquisa Como viver junto na cidade: esperando para serem escritas.
MANGUEL, A. (2016b): MANGUEL, Alberto. A biblioteca à noite. Tradução: Rita Almeida Simões. Lisboa: Tinta-da-china, 2016. Título original: The library at night.
MANGUEL, A. (2016c): MANGUEL, Alberto. Introdução; A biblioteca como moto. In: _______. A biblioteca à noite. Tradução: Rita Almeida Simões. Lisboa: Tinta‑da‑china, 2016. p.15-17; 19-33. Disponível em: internet. Acesso em: 9 jan. 2019.