PINACOTECA (2016): PINACOTECA de São Paulo. Coordenação editorial: Valéria Piccoli. São Paulo: Instituto Cultural J. Safra, 2016. (Coleção museus brasileiros).
trechos:
p.22: Outro destaque são as Coleções Especiais, formadas por obras bibliográficas que possuem certos critérios de raridade e por fotografias, cartazes, cartões-postais, objetos tridimensionais, correspondências. […]
p.24:
legenda na fonte: Programa Educativo para Públicos Especiais, Núcleo de Ação Educativa.
p.25: Na Copei, estão os programas Educativo para Público Especiais (Pepe), responsável pela acessibilidade aos conteúdos do museu para pessoas com deficiência sensorial, motora e/ou mental/intelectual, e o de Inclusão Sociocultural (Pisc) voltado aos mais diferentes perfis de pessoas em situação de vulnerabilidade. O Programa Meu Museu também compõe essa coordenação, desenvolvendo ações voltadas ao público idoso e seus cuidadores; além do Programa Consciência Funcional, voltado ao desenvolvimento profissional e pessoal dos funcionários do museu.
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p.35: Acervo
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p.310:
RIVANE NEUENSCHWANDER; (Belo Horizonte, MG, 1967)
MAPA MUNDI BR (Postal); 2007; Cinco estantes de madeira e cartões-postais em impressão digital sobre cartão; 80,5 x 260 cm (aproximadamente); Doação do Deutsche Bank, por intermédio da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, 2014
Neuenschwander graduou-se em Desenho pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1994, concluindo, em seguida, o mestrado no Royal College of Art, em Londres. Em 1992, realizou sua primeira exposição individual, na Itaú Galeria, em Belo Horizonte e São Paulo. Em 1993, recebeu o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia e, em 1996, também foi premiada no projeto Antarctica Artes com a Folha. Em 1999, foi artista residente no International Artist Studio Programa in Sweden (IASPIS), em Estocolmo, Suécia. Em 2001, obteve o prêmio ArtPace Foundation. Tem participado regularmente de diversas exposições nacionais e internacionais.
Com Mapa Mundi BR (postal), Neuenschwander mantém uma prática já notável em outros trabalhos, em que a artista propõe ao observador que participe de sua obra, convidando-o a manuseá-la dentro de um número relativamente grande, mas limitado de possibilidades, na medida em que interessa ainda à artista manter certo controle sobre o processo.
p.311:
O presente trabalho prevê, com efeito, esse tipo de relação. Sobre 5 prateleiras horizontais equidistantes, são distribuídos dezenas de cartões-postais diferentes, produzidos não a partir de fotografias de lugares turísticos, mas de fachadas residenciais, comerciais e de igrejas, bem como letreiros de carros e outdoors, captadas em regiões pobres do Brasil, que veiculam nomes de cidades ou países ao redor do mundo. Em lugar de oferecer cartões-postais de lugares no exterior – o objetivo mesmo de um cartão-postal, enquanto registro e memória de uma viagem –, Neuenschwander propõe a curiosa experiência de ter visitado, por exemplo, o “Texas bar” ou a “Canaã presentes”. Mais que a rememoração e a garantia de viagens que se supõem inesquecíveis, a artista parece questionar o significado desse desejo de internacionalização que atinge regiões humildes do País, cujo fenômeno da globalização, se não é, para muitos deles, resultado de uma experiência física no exterior, é uma projeção ideal.
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