ROSA, J.G. (1970): ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 7.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1970. 460p.
comentário: integra as referências de “Ouro Preto e o Futuro“.
comentário 2: referência de NDU n.º 10A.
p.241: […] O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. […]
ROSA, J.G. (1984): ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. 16.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. 568p.
ROSA, J.G. (2017): ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. Espetáculo/instalação de Bia Lessa a partir da obra de João Guimarães Rosa. São Paulo: Sesc Consolação, de 9 de setembro a 22 de outubro de 2017. (programa).
ROSA, J.G. (2018): ROSA, João Guimaráres. Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Companhia das Letras, 2018. [659p. versão eletrônica). Disponível para baixar em: internet-docero. Acesso em: 24 jan. 2021 (não mais em 15/03/2024).
- GALVÃO, W.N. (2018): GALVÃO, Walnice Nogueira. O certo no incerto: o pactário. In: ROSA, João Guimaráres. Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Companhia das Letras, 2018 [versão eletrônica). p.499-508.
p.259: […] O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. […].
busca no PDF pela palavra esperança:
p.43: Quando conheceu Joca Ramiro, então achou outra esperança maior: para ele, Joca Ramiro era único homem, par-de-frança, capaz de tomar conta deste sertão nosso, mandando por lei, de sobregovêrno.
p.47: Como vou achar ordem para dizer ao senhor a continuação do martírio, em desde que as barras quebraram, no seguinte, na brumalva daquele falecido amanhecer, sem esperança em uma, sem o simples de passarinhos faltantes?
p.54: Como não ter Deus?! Com Deus existindo, tudo dá esperança: sempre um milagre é possível, o mundo se resolve.
p.75: Recurso, que eu acho, é dois: ou se fugir para o chapadão, enquanto tempo — mas é perder toda
esperança e diminuir da vergonha…
p.81: E — engraçado dizer — a gente apreciava aquilo. Dava uma esperança forte. Ao um modo, melhor que tudo é se cuidar miudamente trabalhos de paz em tempo de guerra.
p.91: Alto rio, fechei os olhos. Mas eu tinha até ali agarrado uma esperança. Tinha ouvido dizer que, quando canoa vira, fica boiando, e é bastante a gente se apoiar nela, encostar um dedo que seja, para se ter tenência, a constância de não afundar, e aí ir seguindo, até sobre se sair no seco.
p.113: Senti pena daqueles pobres, cansados, azombados, quase todos sujos de sangues secos — se via que não tinham esperança nenhuma decente.
p.132: Assim que desta banda de cá a gente tinha padecido toda resma de reveses; e que soubemos que os judas também tinham atravessado o São Francisco; então nós passamos, viemos procurar o poder de Medeiro Vaz, única esperança que restava.
p.158: E essa moça de quem o senhor gostou, que era um destino e uma surda esperança em sua vida?! Ah, Diadorim… E tantos anos já se passaram.
p.162: Me balanceei assim, adiantado na noite, em tanto gaio, em tanto piongo, com todas as novas dúvidas e ideias, e esperanças, no claro de uma espertina.
p.182: A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero.
p.187: Devo, então, que perguntei por Diadorim. Puro por perguntar, sem esperanças de informação. E mesmo, más notícias eu ainda tinha o receio de ouvir.
p.188: De vez em que rifle trauteava tanto, e eram os estalos passando, repassando, que, vai, se aconchava mão em orêlha, sem saber por quê, feita uma esperança de se conseguir milagre de algum barulhinho diverso outro, qualquer, que aquele não fosse, na ensurdescência.
p.191: O prazer muito vira medo, o medo vai vira ódio, o ódio vira esses desesperos? — desespero é bom que vire a maior tristeza, constante então para o um amor — quanta saudade… —; aí, outra esperança já vem… Mas, a brasinha de tudo, é só o mesmo carvão só.
p.251: Subindo em esperança, de lá saímos, para chão e sertão.
p.258: Eu não dizia nada, não tinha coragem. O que tinha era uma esperança?
263: Aí João Vaqueiro viu um berrante bom, pendurado na parede da sala-grande; pegou nele, chegou na varanda, e tocou: as reses entendiam, uma ou outra respondendo, e entraram no curral, para a beira dos côchos, na esperança de sal.
p.289: Assim sendo, agora, só o remedêio, com as esperanças, extraordinárias.
p.303: Tão território que não foi feito para isso, por lá a esperança não acompanha.
p.318: Mas em tanto, então levantei o meu entender para Zé Bebelo — dele emprestei uma esperança, apreciei uma luz.
p.320: Sofriam a esperança de não morrer.
p.333: O senhor entende, o que conto assim é resumo; pois, no estado do viver, as coisas vão enqueridas com muita astúcia: um dia é todo para a esperança, o seguinte para a desconsolação.
p.392: — “Pedi a ela que rezasse por você, Riobaldo… Assim pela esperança de saudade que ela tivesse, que não esbarrasse de rezar, o todo tempo, por costume antigo…”
p.421: Se o ódio, só, era que dava a ela certeza de si, o ódio então era bom, na razão desse sentido: que às vezes é feito uma esperança já completada. Deus que dele me livrasse!
p.433: Diadorim, ia ter certas lágrimas nos olhos, de esperança empobrecida.
p.435: Esperança dele era ver a gente pelas costas.
p.465: E tudo me deu um enjoo. Tinha medo não. Tinha era cansaço de esperança.
p.480: Esperançando meu destino: desgraça de mim!