SOUKI, N. (1998): SOUKI, Nádia. Hanna Arendt e a banalidade do mal. Belo Horizonte: UFMG, 1998 [1ª reimp.2006]. 147p.
observação: comprei esse livro na net-Travessa em 15/08/2011 por R$33,00; ele integra lista do verbete Hannah Arendt.
trechos:
Introdução
p.11: Nas sociedades burocráticas modernas, os acontecimentos políticos, sociais e econômicos de toda parte conspiram, silenciosamente, com os instrumentos totalitários inventados para tornar os homens supérfluos. Hannah Arendt mostra-nos que o modelo do “cidadão” das sociedades burocráticas modernas é o homem que atua sob ordens, que obedece cegamente e é incapaz de pensar por si mesmo, pois essa supremacia da obediência pressupõe a abolição da espontaneidade do pensamento. E nessa ausência de pensamento, nessa expressão humana opaca, nessa rarefação das consciências aparece a tragédia, batizada por Hannah Arendt de a “banalidade do mal”.
p.12: […] Com isso, a filosofia passa a falar a língua da Cidade, e o problema da Cidade é um problema filosófico. Ao abandonar a hierarquia entre bios politikos e bios téorétikos, Kant faz desaparecer a contradição entre a filosofia e a política.