Informativo nº 1.858 – 25/4/2025 (sexta-feira)
acesse também, nesse mesmo boletim: sinalização tátil no piso (exemplos em calçadas).
pendente BHTRANS & SUMOB (2025f425): EMPRESA DE TRANSPORTES E TRÂNSITO DE BELO HORIZONTE S.A – BHTRANS; SUPERINTENDÊNCIA DE MOBILIDADE – SUMOB. Gerência de Comunicação e Marketing – GCMAR/SUMOB. Mobilidade Talks: mobilidade entre olhares. Circulando – Boletim BHTRANS/SUMOB, Belo Horizonte, 25 abr. 2025. [recebido por e-mail da ACM-BHTrans].
observação: Como não pude participar, em 28/04/2025 solicitei (por e-mail, e recebi no mesmo dia) a apresentação de Leonardo Rios.
MOBILIDADE TALKS: MOBILIDADE ENTRE OLHARES
No último dia 23, aconteceu a primeira edição de 2025 do Mobilidade Talks. Com o tema ”Mobilidade entre olhares: o economista na engenharia do trânsito e o engenheiro no jornalismo automotivo”, o evento contou com a participação do gerente da GEAPI, Leonardo Rios, e do jornalista especializado em automóveis, Boris Feldman.
Marcaram presença Rafael Murta Resende, superintendente da Sumob, Lucas Colen, secretário adjunto e subsecretário de Planejamento da Mobilidade, e Deusuite Matos, presidente da BHTRANS, além de funcionários da SMMUR, BHTRANS, Sumob e Guarda Municipal.
Em sua participação no Mobilidade Talks, Boris Feldman ofereceu um panorama global sobre o trânsito, destacando as diferenças nas velocidades permitidas em alguns países e na Alemanha, onde algumas autoestradas não têm limite de velocidade.
Feldman ressaltou a banalização das mortes no trânsito ao compará-las com acidentes aéreos, que ganham grande repercussão por concentrarem muitas vítimas de uma só vez. Utilizou a expressão “um Boeing a cada dois dias” para ilustrar o impacto dos sinistros viários no mundo, que somam cerca de 1,19 milhão de mortes por ano. No Brasil, são aproximadamente 100 mortes diárias no trânsito, além de 300 sinistros com vítimas que ficam com sequelas — uma realidade que pressiona o sistema de saúde e gera um custo anual estimado em mais de R$ 50 bilhões.
Ele também abordou o papel da tecnologia na segurança veicular, citando o Programa de Assistência Inteligente de Velocidade (ISA), embarcado nos carros nos Estados Unidos (estado da Virgínia), e o Programa Limitador baseado em nuvem, adotado na Inglaterra.
Outro ponto levantado foi a dificuldade burocrática de se implementar e monitorar a velocidade média dos veículos — uma solução que, segundo ele, poderia ser mais justa. Como motorista e piloto de automobilismo, Boris ainda reforçou a importância da inspeção veicular periódica, destacando que a falta dessa fiscalização contribui diretamente para os acidentes nas estradas.
Já Leonardo Rios trouxe dados sobre a fiscalização eletrônica e sua influência na segurança viária de BH. Ele abordou o histórico, os critérios técnicos e os resultados da implantação dos radares na capital mineira. Segundo o gerente, desde 1999, BH vem ampliando sua rede de fiscalização eletrônica, que hoje cobre mais de 782 faixas de trânsito – número que deve ultrapassar 1.500 com a expansão para o Anel Rodoviário. Rios destacou que os critérios para a instalação dos equipamentos seguem uma análise criteriosa e um dos fatores leva em conta especialmente os locais com altos índices de acidentes com vítimas, buscando priorizar a preservação da vida.
Assim como o jornalista Boris Feldman, Leonardo Rios trouxe exemplos de experiências internacionais no uso de fiscalização eletrônica. Ele destacou como outros países têm adotado tecnologias semelhantes para melhorar a segurança viária e mostrou também os tipos de equipamentos atualmente em operação em Belo Horizonte, como os Controladores Eletrônicos de Velocidade (CEVs), barreiras eletrônicas, equipamentos conjugados (para fiscalização de velocidade e avanço de sinal vermelho), dentre outros.
A palestra também trouxe reflexões sobre o comportamento dos motoristas no trânsito e Rios levantou curiosidades e dados sobre infrações comuns como, por exemplo, o desrespeito ao sinal vermelho — prática que coloca em risco condutores e pedestres. Ao mesmo tempo, mostrou que nossos radares estão cada vez mais adaptados para flagrar infrações.