TRIER, L.v. (2003): TRIER, Lars von. Dogville. Dinamarca / Suécia / Reino Unido / França / Alemanha, 2003. vídeo, cor, 177′. Título original: Dogville. Elenco: Nicole Kidman (Grace), Paul Bettany, John Hurt, James Caan.
TRIER, L.v. (2019a): TRIER, Lars von. Dogville. Direção: Zé Henrique de Paula. Elenco: Mel Lisboa (Grace), Eric Lenate (Narrador), Fábio Assunção (Chuck), Bianca Byington (vera), Rodrigo Caetano (Tom Edison), Anna Toledo (Martha), Marcelo Villas Boas (Ben), Gustavo Trestini (Sr Henson), Fernanda Thurann (Liz), Lucas Romano (Bill Henson), Chris Couto (Sra Henson), Blota Filho (Thomas Pai), Munir Pedrosa (Jack McKay), Selma Egrei Ma Ginger), Fernanda Couto (Glória) e Dudu Ejchel (Jason). São Paulo, Teatro Porto Seguro, de 25 de janeiro a 31 de março de 2019 (programa).
LIMA, F. (2019): LIMA, Felipe. Depoimento. In: TRIER, Lars von. Dogville. Direção: Zé Henrique de Paula. São Paulo, Teatro Porto Seguro, de 25 de janeiro a 31 de março de 2019 (programa).
TRIER, L.v. (2019b): TRIER, Lars von. Dogville. Direção: Zé Henrique de Paula. Elenco: Mel Lisboa, Ana Andreatta, Andre Satuf, Alexia Dechamps, Blota Filho, Eric Lenate, Fernanda Couto, Fernanda Thurann, Gustavo Trestini, Lucas Romano, Marcia de Oliveira, Marcelo Villas Boas, Munir Pedrosa, Otto Jr., Rodrigo Caetano e Rosana Penna. Belo Horizonte, CCBB-BH, de 28 de novembro a 23 de dezembro de 2019 (não havia programa).
depoimento de Felipe Lima no programa da peça (que ajuda a entender porque Dogville integra a Biblioteca do LevanteBH):
Lembro[-me] de ter assistido Dogville no cinema e de ter ficado perplexo, me perguntando como os moradores daquela cidade aparentemente tão simples e tão generosos poderiam ter cometido tantas atrocidades com uma forasteira que buscou abrigar-se na cidade e ofereceu-lhes apenas o que tinha de melhor. Que matemática seria essa, onde o excesso de bondade quando acompanhado de uma suposta fragilidade é retribuído com crueldade e com exploração? Existiria uma parcela de responsabilidade naquele(a) que não impõe limites e simplesmente aceita tudo o que o outro lhe propõe?
Em tempos como o nosso, onde travamos uma batalha silenciosa contra o fascismo, o preconceito, o racismo, a misoginia e a intolerância, que aparecem disfarçados com a volta dos “bons costumes”, do conservadorismo, é necessário abrir bem os nossos olhos para ver muito além das aparências e não aceitar retroceder no que tange a conquista da nossa liberdade como indivíduos e ao status democrático do nosso país. Que Dogville nos sirva como exemplo do que não tolerar. Evoé.
sinopse da peça no website (link xterno) do Teatro Porto Seguro:
A trama se passa na fictícia cidade de Dogville, uma pequena e obscura cidade situada no topo de uma cadeia montanhosa, onde residem algumas poucas famílias formadas por pessoas aparentemente bondosas e acolhedoras. A pacata rotina dos moradores do vilarejo é abalada pela chegada de Grace (Mel Lisboa), uma forasteira misteriosa que procura abrigo para se esconder de um bando de gangsteres.
Recebida por Tom Edison Jr. (Rodrigo Caetano), que, comovido pela sua situação, convence os outros moradores a acolhe-la na cidade. Grace, apesar de afirmar nunca ter trabalhado na vida, decide oferecer seus serviços para as famílias de Dogville em agradecimento pela sua generosidade. Porém, no decorrer da trama, um jogo perverso se instaura entre os moradores da cidade e a bela forasteira: quanto mais ela se doa e expõe a sua fragilidade e a sua bondade, mais os cidadãos de bem exigem e abusam dela, levando a situação a extremos inimagináveis.