PIEDADE (2019): PIEDADE. Direção Cláudio Assis. Roteiro: Anna Francisco, Dillner Gomes, Hilton Lacerda. vídeo, cor, 1h38’36”. Brasil, 2019. Disponível free (Cinemas Itaú) por um dia em: internet. Acesso em: 19 jun. 2020 (exibido na mostra competitiva do 52º Festival de Brasília exibido em 23/11/2019).
Elenco: Cauã Reymond (Sandro), Fernanda Montenegro (Dona Carminha), Irandhir Santos (Omar), Matheus Nachtergaele (Aurélio), Gabriel Leone (Marlon), Mariana Ruggiero (Fátima), Denise Weinberg (mãe de Aurélio).
Sinopse no Filmow (acesso em 19/06/2020):
‘Piedade’ se refere ao nome de uma cidade imaginária “onde todo mundo ferra um ao outro”, virada do avesso pela chegada de uma empresa petrolífera que precisa expulsar os moradores locais para explorar os recursos da região. O filme é ambientado na Praia da Saudade, onde encontra-se o bar Paraíso do Mar, conhecido pela moqueca de cação. O local construído por Humberto Bezerra há mais de 30 anos é comandado atualmente por sua viúva Dona Carminha e pelo filho mais velho, Omar. O cotidiano da família será abalado com a chegada de Aurélio, um executivo de São Paulo [educado em Bauru, segundo sua mãe], com segredos há muito tempo escondidos.
Mãe de Aurélio falando com ele: […] Você acha que vai conseguir dobrar essa gente? […] Isso faz uma grande diferença, não é? Ter ou não ter uma boa formação. […] É incrível como pobre tem problema com dinheiro. […] Até entendo que eles pensem assim […] Pode até ser engraçado, preconceito, mas não é não. […] Mas agora a gente não pode falar mais nada […] Faz muita diferença alguém que já nasce sabendo lidar com as coisas finas. Quem nasceu na grosseria vai morrer na grosseria. Ah! Minha mãe sempre dizia: – Você quer saber o mundo que a pessoa vem, não olha pro olho não, olha pro sapato. […]”
[comentário nosso: esse “olha pro sapato” da avó do Aurélio me lembrou Gilberto Freyre, citado n’O bonde de segunda classe (p.139) da minha dissertação de mestrado, concluindo que “Era o traje que fazia o gentleman”.]