ARONSON, E. (2015): ARONSON, Elliot; WILSON, Timothy D.; AKERT, Robin M. Psicologia social. Tradução: Geraldo José de Paiva. 8.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 418p. Tradução de: Social psychology.
observação: PDF baixado na internet (academia.edu) motivado por live em 07/04/2024.
TAKAKU, S. (2006): TAKAKU, Seiji. Reducing road rage: An application of the dissonanceattribution model of interpersonal forgiveness. Journal of Applied Social Psycholog, 36, 2362-2378. [citado em ARONSON, E. (2005)]
trechos:
p.4: Psicologia social é o estudo científico do modo como os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos das pessoas são influenciados pela presença concreta ou imaginada de terceiros: pais, amigos, empregadores, professores, estranhos — de fato, por toda a situação social (Allport, 1985). Quando pensamos em influência social, os exemplos que logo vêm à mente são as tentativas de persuasão direta, em que uma pessoa deliberadamente tenta mudar o comportamento de outra. E o que acontece quando publicitários usam técnicas sofisticadas para nos persuadir a comprar determinada marca de pasta de dente, ou quando nossos amigos tentam nos forçar a fazer algo que realmente não queremos (“Ora, vamos, só mais uma cervejinha…Todo mundo está bebendo”), ou quando o valentão da escola usa de força ou ameaças para pegar o dinheiro do lanche das crianças menores.
Psicologia Social – Estudo científico do modo como os pensamentos, sentimentos e comportamentos das pessoas são influenciados pela presença real ou imaginária de terceiros.
Influência Social – Efeito que palavras, ações ou simplesmente a presença de outras pessoas têm em nossos pensamentos, sentimentos, atitudes ou comportamento.
p.7: Erro Fundamental de Atribuição – Tendência a superestimar até que ponto o comportamento das pessoas é devido a fatores de disposição interna e a subestimar o papel dos fatores situacionais.
p.8: Behaviorismo – Escola da psicologia que sustenta que, para compreender o comportamento humano, precisamos apenas levar em conta as propriedades reforçadoras do ambiente.
p.9: Psicologia da Gestalt – Escola de psicologia que ressalta a importância de estudar o modo subjetivo como um objeto se apresenta na mente de uma pessoa, em vez de os atributos objetivos e físicos de um objeto.
p.11: Autoestima – Avaliação das pessoas de seu próprio valor, isto é, até que ponto se veem como boas, competentes e decentes.
p.12: Cognição Social – Maneira como as pessoas pensam em si mesmas e no mundo social. Mais especificamente, é o modo como elas selecionam, interpretam, lembram e usam a informação social para julgar e tomar decisões.
comentário: lembrei-me do debate postado em sobre “cognição” e “visão de mundo”.
p.119:
Como a Indução de Hipocrisia Pode Reduzir a Raiva no Trânsito
A raiva no trânsito — motoristas que reagem com raiva a outros que ousam cruzar seu caminho, costuram na pista, colam na traseira ou ultrapassam pela direita — é responsável por milhares de acidentes e fatalidades. O pesquisador Seiji Takaku (2006) resolveu aplicar o paradigma da indução de hipocrisia nesse problema. Um motorista nervoso pensa: “Olha esse cara me fechando! Verme egoísta! Ele vai ver só o que vou fazer!” Takaku formulou a hipótese de que, se aquele motorista estiver consciente de que ele também pode ser um “verme egoísta”, que tem praticamente as mesmas atitudes, tornando-o consciente de sua hipocrisia ao condenar o ato de outro motorista mas não o próprio comportamento idêntico, essa consciência reduziria a tentação de perder as estribeiras. Em um experimento, ele usou um vídeo para simular uma situação de estrada em que um motorista é fechado por outro, incidente comum que frequentemente gera raiva. Na condição experimental, os participantes primeiro fecharam acidentalmente outro motorista, desse modo sendo lembrados do fato de que fechar as pessoas no trânsito não é indicação de um defeito de personalidade, mas um tipo de erro que todos podemos cometer. Takaku descobriu que, quando as pessoas são lembradas das próprias falhas, passam da raiva para o perdão mais rapidamente que quando essa lembrança não é induzida. A lembrança reduz a necessidade percebida de retaliar.
Você pode ter em mente o método de Takaku na próxima vez em que estiver irritado no trânsito. E, a propósito, aquela raiva que você tem das pessoas que usam celular enquanto dirigem…?
p.399: Takaku, S. (2006). Reducing road rage: An application of the dissonanceattribution model of interpersonal forgiveness. Journal of Applied Social Psycholog, 36, 2362-2378.