Cheguei a essa dissertação após conhecer a autora na live “Mobilidade urbana com desenho universal”. O objeto da pesquisa tem um simbolismo importante, pois no senso comum praias são lugares nos quais não seria possível seguir o desenho universal. Concluindo que praias podem – e devem – seguir o desenho universal, porque ônibus não poderiam?
PENDENTE: Ler e comentar a dissertação, que certamente será citada em alguma NTL.
SIQUEIRA, D. (2017): SIQUEIRA, Denise de. Praias acessíveis: uma análise jurídica e espacial para Florianópolis a partir da convenção da ONU (CRPD) e da premissa do desenho universal. Dissertação (Mestrado em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Florianópolis, 2017. 323p. Disponível em: link externo. Acesso em: 13 jun. 2023.
Resumo:
Este estudo, que pensou Florianópolis com o foco nas regiões de praia, é fruto de um estudo que se desenvolveu com o intuito de atender as Leis específicas e Normas Técnicas que estabelecem a obrigatoriedade da promoção da acessibilidade e do Desenho Universal para a eliminação das barreiras arquitetônicas. Buscamos fornecer conhecimento jurídico e espacial para o desenvolvimento de ações, essencial para a identificação das barreiras que dificultam ou impedem o exercício da cidadania em condição de igualdade entre todas as pessoas, em especial às Pessoas com Deficiência. Para tanto, tomamos por base alguns programas desenvolvidos no Rio de Janeiro, os quais: o Programa Praia para Todos e o Adaptsurf, por se tratarem de programas referência para o país e; São Paulo, os quais: da Praia dos Trabalhadores em São Sebastião no litoral norte do estado e do Parque Roberto Mário Santini e Praça do Surfista em Santos, por se tratar de programas fixos, que não são nem itinerantes e nem sazonais, mas projetos permanentes. Em Florianópolis os focos estão no Parque da Lagoa do Peri que dá acesso ao lazer em água doce e na Praia da Barra da Lagoa na região leste da ilha. Utilizamos a metodologia da pesquisa-ação e grupos focais, lançando mão do pesquisador insider, em virtude da proximidade e da relação entre o pesquisador, o tema e os sujeitos observados. Para isso, conceituamos Desenho Universal, deficiência, segregação, inclusão e acessibilidade espacial. Trouxemos elementos importantes para aprimorar a elaboração de projetos e ou a formulação de laudos técnicos com o intuito de contribuir para a melhoria das condições efetivas de inclusão e acesso com cidadania para todas as pessoas. Este trabalho faz uma reflexão aprofundada sobre os espaços e os usuários dos espaços para auxiliar com recomendações e diretrizes a solução dos problemas.