referência para citação
OLIVEIRA, M.F. (2023c1a): OLIVEIRA, Marcos Fontoura de. Ficha e formulário do indicador IAED da pesquisa “Como viver junto na cidade”. Levante-BH, Belo Horizonte, 12 mar. 2019 (atualizado em 16 mar. 2023).
Acesse também o formulário para apuração do indicador IAED.
Este verbete, transformado em uma referência da Biblioteca do LevanteBH, adequa postagem (criada em 12/03/2019) aos conceitos definidos em 02/02/2023 para nova fase da pesquisa Como viver junto na cidade.
O website da pesquisa é liberado para consulta pública em junho/2023. A partir desse momento, aguarda-se e espera-se que outras e outros pesquisadoes se interessem pelo tema e façam contato para intercâmbio de informações e apuração de conteúdos.
A ficha deste verbete, apresentada a seguir, integra o Caderno de indicadores do Levante-BH da pesquisa Como viver junto na cidade.
sigla: IAED (ônibus urbano)
sigla simplificada: IAED
nome: Índice de Acessibilidade do Embarque/Desembarque de ônibus urbano
descrição: índice que mede o nível de acessibilidade com desenho universal de um sistema ou subsistema de transporte público coletivo por ônibus urbano de uma cidade/região/país, tomando como métrica a escala IAED
relevância: indicador-chave
finalidade: indicador de acessibilidade
assunto principal (mobilidade urbana): indicador de transporte público coletivo
unidade: sem unidade (com duas casas decimais)
periodicidade da medição: anual (situação em 31/12 de cada ano)
meta: 10,00 (até 2030)
informações complementares
- o índice IAED de uma cidade mostra o quão perto ou longe ela está de oferecer acessibilidade com desenho universal aos usuários, em especial às pessoas com mobilidade reduzida, tomando como critério de avaliação a forma como os ônibus urbanos do seu sistema de transporte público coletivo oferecem o embarque/desembarque;
- o índice IAED foi originalmente concebido em 2019 para integrar o sistema de informações SisMob-BH;
- como o índice IAED pode ser apurado tanto para o conjunto da frota de ônibus urbano de um sistema de transporte público, quanto para partes dessa frota (subsistemas), a sigla IAED recebe letras adicionais para bem identificar cada resultado (essas letras são fundamentais para corretas identificações).
fórmula para cálculo do IAED
IAED = ∑(n.º de ônibus do sistema ou subsistema de cada nível da escala IAED x pontuação de cada nível na escala IAED) / n.º total de veículos do sistema ou subsistema
obs.1: os n.º de ônibus dessa fórmula são identificados nos arquivos da Biblioteca do LevanteBH como F tc (indicador de produção);
obs.2: cada tipo de ônibus de um sistema ou subsistema deve ser previamente enquadrado em um dos dez níveis da escala IAED para cálculo do IAED utlizando-se formulário especialmente elaborado para tal
escala IAED (ônibus urbano): métrica na forma de uma escala em dez níveis, concebida para cálculo do índice IAED, sendo o nível 1 (um) aplicável aos ônibus inacessíveis e o nível 10 (dez) aplicável aos ônibus acessíveis com desenho universal (todos os demais tipos de ônibus se situam ao longo da escala).
acesse o verbete escala IAED para informações detalhadas
aplicação da escala IAED e cálculo do índice IAED: em qualquer sistema ou subsistema de transporte público coletivo urbano por ônibus e/ou micro-ônibus de qualquer cidade/região/país (não aplicável a subsistemas que operam com outros tipos de veículos)
vantagens do índice IAED
- é fácil de entender, pois de baseia em uma escala unitária que varia de 1 a 10, onde 1 é a pior situação e dez é a melhor;
- é fácil de calcular, pois é o resultado da média ponderada dos pesos dados aos ônibus de cada sistema ou subsistema;
- já foram encontrados exemplos de veículos classificados em quase todos os níveis da escala, seja operando em cidades/regiões brasileiras, seja operando fora do Brasil;
- há resultados anuais de 1993-1995, 2003 e 2009 em diante para o transporte operado pelas empresas concessionárias de Belo Horizonte (não foram encontrados resultados dos demais anos para completar a série histórica); PENDENTE
- há resultados anuais de 2014-2019 para o transporte suplementar de Belo Horizonte, não tendo sido ainda encontrados resultados dos demais anos para completar a série histórica; PENDENTE
- há resultados de uma capital brasileira da região sul tomada na pesquisa como benchmark nacional (Curitiba), de dois subsistemas da maior cidade brasileira (São Paulo), de uma grande cidade nordestina (Fortaleza) e do sistema metropolitano de ônibus urbano da RMBH (gerenciado pelo Governo de Minas Gerais);
- há resultados pontuais de outras cidades brasileiras, que não são capitais de estados (Contagem e Joinville), estando em curso a busca de resultados de outras cidades/regiões brasileiras e de fora do Brasil para também calcular os índices;
- há dois requisitos de parte interessada (RPI) definidos com base na legislação brasileira em vigor, quais sejam, de “acessibilidade com desenho universal” e de “acessibilidade sem desenho universal”.
limites e fragilidades do índice IAED
- o indicador IAED mede apenas a possibilidade de um embarque/desembarque ocorrer nas condições definidas na escala IAED (não mede, portanto, se alguém está devidamente treinado para fazer funcionar, no momento do embarque/desembarque, o elevador instalado no veículo ou a rampa disponibilizada na plataforme elevada instalada na via e, igualmente, não mede se elevador/rampa estão em condições para uso com segurança);
- o indicador IAED restringe-se a medir o que pode ocorrer no momento do embarque/desembarque (não mede, portanto, se o passageiro encontra um local apropriado para ancorar sua cadeira de rodas e viajar em segurança);
cálculo do índice IAED de Belo Horizonte
sigla: IAED (BH)
nome: IAED do sistema de transporte público coletivo por ônibus urbano de Belo Horizonte, que é formado pelos subsistemas “tcs” e “tcec”
fórmula: IAED (BH) = ( (IEAD tcs x F tcs) + (IEAD tcec x F tcec)) / F tc (BH)
onde “F” é a frota do sistema e dos subsistemas
componentes do índice IAED de Belo Horizonte (indicadores de apoio):
sigla: IAED tcs (BH)
nome: IAED do subsistema de transporte coletivo suplementar urbano por micro-ônibus de Belo Horizonte criado em 2001 e denominado pelo Decreto (BH) n.º 13.384/2008 de “Serviço Público de Transporte Coletivo Suplementar de Passageiros”
sigla: IAED tcec (BH)
nome: IAED do subsistema de transporte coletivo urbano por ônibus operado por empresas concessionárias de Belo Horizonte, atualmente denominado pela BHTrans de “Serviços de Transporte Coletivo e Convencional de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte “, que é formado pelos subsistemas “tcec-BRT” e “tcec-tcc”
fórmula: IAED tcec = ( (IEAD tcec-BRT x F tcec-BRT) + (IEAD tcec-tcc x F tcec-tcc)) / F tcec (BH)
onde “F” é a frota dos dos subsistemas
sigla: IAED tcec-brt (BH)
nome: IAED do subsistema de Bus Rapid Transit (BRT) operado por empresas concessionárias de Belo Horizonte criado em 2014 e atualmente indevidamente denominado “Sistema Move” no website BHTrans (link externo – acesso: 30/05/2023)
sigla: IAED tcec-tcc (BH)
nome: IAED do subsistema de transporte coletivo convencional urbano por ônibus operado por empresas concessionárias de Belo Horizonte, que não faz parte do subsistema BRT
hipóteses assumidas para escolha do IAED como indicador-chave do Pladu-BH
- não há intenção de se criar um indicador único que seja capaz de medir a acessibilidade na mobilidade urbana, pois o tema é amplo e complexo;
- considera-se que o IAED mede uma condição sine qua non da acessibilidade, ou seja, sem o alcance das condições por ele medidas toda a acessibilidade fica comprometida, embora o seu alcance não meça, por si só, que a acessibilidade esteja efetivamente sendo alcançada (isto deve ser medido por meio de indicadores de apoio);
- o IAED refere-se apenas à facilidade/dificuldade física que podem ter as pessoas para embarcar/desembarcar dos ônibus, por ser essa uma condição relativamente simples de avaliar e de compreender;
- o IAED não mede a acessibilidade de pessoas com deficiência visual, intelectual e/ou auditiva (que têm especificidades para além do embarque/desembarque em nível);
- o IAED não mede a acessibilidade antes/após o embarque/desembarque, deixando de fora questões importantes como as condições físicas do ponto de parada onde se espera/embarca/desembarca, as condições no interior do veículo durante a viagem e as condições para manifestar a intenção de embarcar/desembarcar;
- o IAED não mede a acessibilidade real, vivenciada pelo usuário, uma vez que se baseia em resultados da frota existente e não da operação de embarque/desembarque efetivamente proporcionada por essa frota.
resultados de IAED na Biblioteca do Levante-BH
=: mais recente de Belo Horizonte: IAED tc (BH) em 2022 = 3,44 (em 2022) – fonte
=> benchmark brasileiro: IAED (Curitiba) = 5,12 (em 2015) – postagem em elaboração
=>na Biblioteca do LevanteBH há postagens com mais resultados de IAED (lançados nos gráficos EM CONSTRUÇÃO)
A seguir, links para acesso a demais resultados de IAED.
BRASIL
CE: Fortaleza
MG: Contagem
MG: RMBH LINKAR
PR: Curitiba LINKAR
SC: Joinville
SP: São Paulo
COLÔMBIA – Bogotá (informação solicitada diversas vezes e nunca obtida)
PORTUGAL – Lisboa (informação solicitada em 04/02/2023) – teste do formulário em 30/05/2022
comentário final: em 25/08/2022, lendo a dissertação de Daniel Freitas Caputo Oliveira, pensei em alterar o nome do IAED de “acessibilidade” para “microacessibilidade”, mas não prossegui adiante. Essa é uma discussão incluída no verbete “acessibilidade” do Vocabulário de Acessibilidade com Desenho Universal na Cidade.