este verbete é uma combinação de (muitos) conceitos, postos lado a lado para que possamos melhor compreendê-los.
antirracismo
antirracista
discriminação em português / discrimination em inglês
discriminação de raça
discriminação de cor
discriminação de etnia
discriminação de religião ou
discriminação de procedência nacional
discriminação em função da orientação sexual
discriminação étnico-racial
discriminação por idade
discriminação racial em português / race discrimination em inglês
discriminador
mestiçagem
mestiço
não discriminação
opressão racial
preconceito em português / prejudice em inglês
preconceito de classe
preconceito de raça
preconceito de cor
preconceito de etnia
preconceito de religião
preconceito de procedência nacional
preconceito etário (acesse: ageísmo)
preconceito racial de marca
preconceito racial de origem
racismo
racismo ambiental
racismo branco
racismo branco antipreto
racismo de classe
racismo de negro contra branco (malabarismo)
racismo estrutural
racismo negro em português / black racism em inglês (malabarismo)
racismo preto antibranco (malabarismo)
racismo reverso (malabarismo)
racismo social
racista (antônimo: antirracista)
acesse também os verbetes:
Dia de Denúncia contra o Racismo
máscara branca / máscara social
narrativa de supremacia branca
privilégio/ privilégio branco
só negros / negros + só brancos / brancos
Acesse também o verbete segregado e conheça muitos exemplos, aqui na Biblioteca do Levante-BH, sobre segregação racial em modos de transporte, bancos/assentos, banheiros, bebedouros, calçadas, gramados, telefones, praias e muitos outros serviços e equipamentos de uso público.
Acesse também o item racismo na lista organizada no verbete campanhas, anúncios, manifestos e protestos da Biblioteca do Levante-BH.
A seguir, em ordem cronológica decrescente, mais informações sobre o assunto.
6 jan. 2024: Artigo de Muniz Sodré na Folha de S.Paulo: “Ninguém aqui é mestiço“.
19 set. 2023: Em discurso na ONU, Lula diz que “O racismo, a intolerância e a xenofobia se alastraram, incentivadas por novas tecnologias criadas supostamente para nos aproximar”.
13 set. 2023: Na palestra de lançamento do Projeto aMPliar: Acessibilidade para todos, Marcos Fontoura afirma que “A condição inicial, sine qua non, para vivermos em uma cidade inclusiva, é combater implacavelmente o ageísmo, a aporofobia, o capacitismo, a LGBTQIA+fobia, a misoginia, o racismo e a xenofobia”.
20 jan. 2022: Em artigo, Silvio Almeida afirma que “Triste do jornal que considera que um manifesto antirracista fere seus princípios basilares, enquanto textos como os de Risério, Narloch e Magnoli, não”.
15 jan. 2022: A Folha publica o polêmico artigo “Racismo de negros contra brancos ganha força com identitarismo” de Antonio Risério, que provoca amplo debate.
29 set. 2021: Em artigo contundente contra publicação de um artigo na Folha, Thiago Amparo conclui que “O que está em jogo é se a pluralidade que este jornal preza inclui racismo.”.
12 jun. 2021: Repercutem nas rede sociais e na imprensa o ato de racismo de dois jovens brancos contra jovem negro usando bicicleta elétrica no Leblon.
19 mar. 2021: A OMS lança seu relatório “Global report on ageism” / “Informe mundial sobre el edadismo – resumen” / “Rapport mondial sur l’âgisme – Résumé”.
12 mar. 2021: Reportagem na Folha sobre o livro “White Freedom” de Tyle Stovall: Estudos recentes como “Racismos”, do historiador português Francisco Bethencourt, apontam traços de preconceito racial já na Idade Média. Stovall adota uma cronologia mais pacificada, segundo a qual a raça só se tornou um marcador essencial de diferenças no Renascimento, com as viagens de exploração.
17 fev. 2021: O artigo “Acusado de racismo, Lobato transformou o Saci no primeiro herói negro para crianças no Brasil – Leituras parciais e desinformadas sobre a literatura da época e a obra do escritor levam a simplificação dos debates, diz professora” na Folha (link) traz importantes reflexões sobre o assunto.
16 fev. 2021: Marcelo Coelho publica na Folha que “É terraplanismo dizer que Lobato não era racista ou que cloroquina funciona – Contra aqueles que negam a realidade, não adianta sair repetindo coisas como um zumbi”.
19 jan. 2021: Marcelo Coelho publica na Folha (link) que “Pode ser chato saber disso, mas Monteiro Lobato era de um racismo delirante”.
26 dez. 2020: Editorial (link) da Folha afirma que “O racismo de Lobato – Mostras de preconceito em obras devem ser contextualizadas, não suprimidas”. Início: “A discussão sobre como lidar com o racismo nas obras infantis de Monteiro Lobato parece infindável”.
22 jul. 2020: Em “Uma carta sobre a intolerância”, Federico Finchelstein afirma que “O argumento, no caso, giraria em torno de publicar uma petição contendo a assinatura de Hitler, mas ninguém é Hitler (ou nazista) na lista de signatários. Se fosse esse o caso, eu não teria assinado. “Todos os signatários [da carta] se declaram opositores de Trump, o que, no marco dos Estados Unidos, significa ser antifascista e antirracista.
17 maio 2020: Tweet do Flamengo com as mensagens “Respeito e igualdade são deveres” O seu preconceito não é questão de opinião” + “Somos todos diferentes, somos todos iguais” + 17 de maio – Dia Internacional contra a LGBTfobia“.
2 jan. 2012: Na reportagem “Indígenas brasileiros lutaram contra nazistas na Segunda Guerra Mundial” lemos que, durante a segunda guerra mundial foi determinado que “soldados de pele escura, possivelmente incluindo os indígenas, desfilassem nas colunas internas, enquanto os brancos desfilariam nas laterais, visíveis ao público” e “o comando da FEB teria pedido uma guarda de honra sem negros para recepcionar o príncipe Humberto, da Itália”.
2020: No livro “Um feminismo decolonial” Françoise Vergès afirma:
(p.43): Lutar contra o femi-imperialismo é fazer ressurgir do silêncio as vidas da mulheres “anônimas”, recusar o processo de pacificação e analisar por que e como os direitos das mulheres se tornaram uma arma ideológica a serviço do neoliberalismo (que pode, perfeitamente, em outros lugares, promover um regime misógino, homofóbico e racista).
(p.62-63): Nenhuma instituição me parece escapar ao racismo estrutural: nem a escola, nem o tribunal, nem a prisão, nem o hospital, nem o Exército, nem a arte, nem a cultura, nem a polícia.
26 dez. 2020: No artigo “Preferimos insuflar uma guerra civil a combater a desigualdade que o racismo sustenta”, Bernardo Carvalho conta: O problema de muita gente disposta a cancelar o autor de uma frase é a incapacidade de ler o parágrafo inteiro, para não dizer o livro. Gorra nos explica como funciona a literatura e por que Faulkner é o autor indicado para quem quer entender o fantasma do racismo nos Estados Unidos.
26 dez. 2020: No artigo “Democracia e desigualdade devem ocupar lugar central no debate político pós-pandemia” Silvio Almeida afirma: A ascensão de governos ancorados em um “neoliberalismo autoritário” expôs a forma como o racismo é um elemento organizador da desigualdade.
16 ago. 2020: No artigo “Racismo precisa ser tratado como tema fundamental da economia”, Silvio Almeida e Pedro Rossi apontam que “No debate econômico, há duas posições distintas sobre o racismo. Segundo eles, “a primeira é a abordagem predominante, presente nos principais manuais e na maioria das escolas de economia, que vê o racismo como um problema comportamental, atinente ao indivíduo. Mais adiante: “Já a segunda abordagem parte de concepções teóricas que não se limitam às lentes da economia neoclássica e entende o racismo como um problema sistêmico, ou seja, como uma consequência do funcionamento “normal” e regular das instituições e das estruturas sociais que conformam a ação dos indivíduos”.
13 ago. 2020: Gilmar publica uma charge contundente contra a Justiça racista: “O racismo institucionalizado”.
6 ago. 2020: No artigo (sem postagem) “Escrevo o que quero” publicado na Folha, Silvio Almeida diz: “Mas não esperem aqui encontrar um “especialista em racismo“, até mesmo porque especialistas em racismo são os racistas; sou um homem negro, estudioso, sim, das relações raciais”.
jul. 2020: João Moreira Salles conclui seu artigo “A morte a a morte…” dizendo que “um pedaço significativo do Brasil é como Bolsonaro. Violento, racista, misógino, homofóbico, inculto, indiferente. Perverso”.
22 jul. 2020: consulta na internet: “O Geledés é uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira”.
19 jul 2020: Assinado o manifesto “Enquanto houver racismo não haverá democracia”.
3 jul. 2020: Reportagem (sem postagem) “O “Antirracismo no Brasil: uma tarefa inadiável às pessoas brancas” no portal Geledés.
22 jun. 2020: Entrevista de Silvio Almeida (autor do livro Racismo estrutural) no Roda Viva.
20 jun. 2020: Rita Von Hunty apresenta vídeo sobre “Racismo, coisa de branco” / “Racism, a White People Thing” no canal Tempero Drag.
20 jun. 2020: Em reportagem, Waafa Albadry afirma que “Numa época em que cidadãos negros ainda sofrem por todo o mundo, essas estátuas – assim como as ruas com nomes de racistas – não são meros monumentos. […] enquanto mulher negra, remover os símbolos do racismo é um ato necessário, que devia ter sido feito há muito tempo. […] os manifestantes estão reivindicando a remoção de signos de opressão racial“.
24 jun. 2020: Artigo (link externo) “O que é racismo ambiental” de Thallita Flor no portal Geledés diz: “O racismo ambiental é todo um sistema criado pra nos excluir, e nos prejudicar sistematicamente. Pois além de não reconhecermos nosso poder pra resolver o impactos ambientais, somos a comunidade mais prejudicada pelas suas consequências”.
5 jun. 2020: Divulgada (recebi por e-mail) importante nota intitulada “WRI Brasil defende a democracia e repudia todas as formas de racismo“. Destaco (links nossos): “O WRI Brasil, assim como toda a rede do World Resources Institute, acredita que a construção de um futuro melhor depende de inclusão, igualdade e sustentabilidade. Estes valores fazem do combate a qualquer tipo de racismo e discriminação e da defesa da democracia, imperativos urgentes. […] Tomadores de decisão precisam ouvir mais, trazer mais vozes para a mesa e colocar em prática medidas que fortaleçam a democracia e reduzam a desigualdade que está na raiz de muitos dos principais desafios que enfrentamos hoje. Não haverá planeta equilibrado, democracias sólidas e saúde para todos se não enfrentarmos as desigualdades crônicas, explicitadas nos milhares de protestos nas ruas ou digitais”.
jul. 2020: João Moreira Salles, no artigo “A morte e a morte no governo Bolsonaro”, nomeia os atuais ministros de Estado de “gente orgulhosa de seus preconceitos de classe“.
4 ju. 2020: Na reportagem “Protestos por George Floyd: em seis áreas, a desigualdade racial no Brasil e nos EUA” na Folha:
- Para a ativista e filósofa americana Angela Davis, o desafio “não é reivindicar oportunidades iguais para participar da maquinaria da opressão, e sim identificar e desmantelar aquelas estruturas nas quais o racismo continua a ser firmado”.
2 jun. 2020 (3ª feira): Lançado protesto internacional com as hashtags #Blackout Tuesday / #BlackLivesMatter / #TheShowMustBePaused contra o racismo. Essa é mais uma repercussão do assassinato de George Floyd em Minneapolis. The Metropolitan Opera de Nova York, por exemplo, aderiu suspendendo a exibição diária – free e on line – de suas produções.
22 abr. 2020: Artigo de Alexandre Filordis “Pandemia, segregação racial e as vidas que não importam” no Geledés pontua que:
- O tempo do racismo não é cronológico. O tempo do racismo é lógico e psicológico, ou seja, transfunde a cronologia histórica. É dessa maneira que o racismo se mantém na estrutura da sociedade.
- Tudo isso [do qual ele vinha falando no artigo], contudo, não passa da sombra desumana do racismo social e de classe revitalizados e em evidência com a pandemia vigente.
20 mar. 2020: Marilene Felinto, no artigo “Para não esquecer o racista do telejornal” na Folha diz:
- Racismo e preconceito de classe foram expressos também, em tempos recentes, por três jornalistas da Globo —e dois deles ao vivo. […]
- E o racismo de Burnier contra os corintianos se enquadra na definição do jurista Uadi Lammêgo Bulos, “racismo é todo e qualquer tratamento discriminador da condição humana em que o agente dilacera a autoestima e o patrimônio moral de uma pessoa ou de um grupo de pessoas”.
2019: Na revista Serrote n.33 Adilson José Moreira pergunta, em um artigo: Quem ri do racismo?
2019: Nota da tradutora de artigo de Claudia Rankine na revista Serrote n.33, para explicar a expressão “pessoas negras e de cor”: “Pessoas de cor” é um termo abrangente para se referir a indígenas, latinos, asiáticos, pessoas que não são negras, mas experimentam algum tipo de discriminação racial. [N. da T.]”.
15 dez. 2019: Na reportagem “Combate a racismo exige reconhecimento de privilégios da branquitude” há uma máxima de Angela Davis: “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Na mesma reportagem: “Para Claudia Rankine, é impossível ser antirracista sem reconhecer os privilégios da branquitude“.
2018: Livro Racismo estrutural de Silvio Almeida.
2018: No catálogo da exposição Ocupação Ilê Aiyê (p.12) realizada no Itaú Cultural há uma narrativa de como era o racismo no carnaval de Salvador nos anos 1970, que motivou a criação do bloco. Ela conclui: “A reação da mídia de Salvador foi qualificar a problemática racial como importação de um costume dos Estados Unidos, pois no Brasil não havia racismo. O preconceito age em silêncio e não permite ser revelado”.
2018: LBC (Flávio Almada) em entrevista no Geledés: Sim, isto [o Estatuto do Indigenato] aconteceu há menos de 60 anos. E em outras potências imperialistas, o processo era parecido. Frantz Fanon, o filósofo e ensaísta de que falámos ainda há pouco, escreveu no livro “Pele Negra, Máscaras Brancas”, originalmente publicado em 1952: “O negro deve, quer queira quer não, usar a farda que o homem branco lhe fez”. […] O que uma sociedade racista sugere às populações negras é de colocar a máscara branca para ser aceite. Coloca a máscara branca e anda aí bem quietinho…”.
2018: Mamadou Ba em entrevista no Geledés sobre James Baldwin cita o escritor para afirmar que “terminar com o racismo significa abdicar do poder”. Ele processe citando mais uma vez Baldwin, em “Stranger in the Village” publicado em 1953, sobre “A ideia da supremacia branca.
2018: Ampla matéria no Geledés sobre James Baldwin (parte V) afirma que o escritor “foi um revolucionário. Na maneira como pensava e enquadrava teoricamente o racismo, como o relacionava com o passado colonial e como imaginava a sua resolução: o racismo é um problema dos brancos, dizia, e, para que, um dia, vivêssemos numa sociedade justa, era necessário que quem tem o poder tivesse a coragem de enfrentar a história. Mas Baldwin foi ainda mais longe: enquanto questionava o racismo estrutural, desafiou as normas convencionais – no que toca à linguagem, à integração ou à orientação sexual. Talvez, por isso mesmo, tenha sido esquecido. Quando, ironicamente, foi um dos artistas e pensadores mais influentes da sua geração.”
26 jul. 2018: Aula “História da discriminação racial na educação brasileira” de Silvio Almeida na Escola da Vila.
2016: reportagem no portal Geledés descreve “18 expressões racistas que você usa sem saber”.
1º dez. 2015: a Prefeitura de Caçapava divulga campanha do Dia de Luta contra a Ais: com a mensagem “Onde brota respeito, não existe preconceito” + “Todos juntos na luta conta a Aids”.
6 jul. 2015: O capítulo II do título I do livro I da LBI tem como título “Da igualdade e da não discriminação“. No caput do art. 4º fica estabelecido que “Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação“. No §1º desse art.4º temos: “Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas”. No caput do art. 5º, por sua vez, fica estabelecido que “A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante.”
2014: Na Autobiografia de Martin Luther King (p.63) o pastor conta que “Como a discriminação racial era mais intensa no Sul, achávamos que os negros que tinham recebido parte de sua instrução em outras regiões do país deveriam voltar para compartilhar seus contatos e sua experiência educacional mais amplos”.
2014: Artigo “Nojo de pobre: representações do popular e preconceito de classe” de Maria Luiza Martins de Mendonça e Janaína Vieira de Paula Jordão na revista Contemporânea da Uerj.
2013: Lançado o movimento Black Lives Matter.
2010: Promulgado o Estatuto da Igualdade Racial definido, dentre outros: discriminação racial ou [discriminação] étnico-racial.
2009: Campanha “Notre coleur de peau […]” da Licra.
2008: No prefácio (p.14-15) de Pele negra, máscaras brancas, Lewis R. Gordon narra que em 1953, quando da publicação do livro na França, “o racismo contra os negros era considerado uma doença peculiar das sociedades anglófonas, especialmente nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália e África do Sul. […] Embora fosse um fato perturbador para o típico leitor francês, a má-fé prevalecia através de uma rejeição não-empírica de sua suposta falta de validade: eles simplesmente diziam que o racismo não existia (apelo à evidência) recusando examinar a evidência. […] Fanon oferece uma crítica incisiva à negação do racismo contra o negro na França e em grande parte do mundo moderno. Embora outros escritores também tenham criticado tal comportamento, existem características singulares na análise de Fanon que fizeram com que seu trabalho sobrevivesse ao século XX. […] Fanon ressalta inicialmente que racismo e colonialismo deveriam ser entendidos como modos socialmente gerados de ver o mundo e viver nele.”
2008: Em Pele negra, máscaras brancas (p.85), Frantz Fanon afirma: “Defendemos, de uma vez por todas, o seguinte princípio: uma sociedade é racista ou não o é. Enquanto não compreendermos essa evidência, deixaremos de lado muitos problemas. […] Para nos provar que o racismo não reproduz a situação econômica, o autor [Mannoni, que Fanon contesta] nos lembra que, ‘na África do Sul, os operários brancos mostram-se tão racistas quanto os dirigentes e os patrões – e às vezes mais ainda.’
2006: Artigo “Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem” de Oracy Nogueira.
2001: A discriminação em função da orientação sexual é citada em Lei (SP) n.º 10.948/2001 pendente.
13 maio 1997: A Lei federal n.º 9.459/1997 altera a Lei federal n.º 7716/1989, que já havia sido alterada pela Lei n.º 8081/1991< com alterações, dentre outras, nos caputs de dois artigos:
- “Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”
- “Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
21 set. 1990: A Lei Federal n.º 8081/1991 inclui um novo crime, na forma de um novo artigo, na Lei n.º 7716/1989 com o seguinte caput: “Art. 20. Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, por religião, etnia ou procedência nacional.
5 jan. 1989: A Lei federal n.º 7716/1989 “Define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor” que inicia com: “Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor“.
1977: livro “O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado” de Abdias Nascimento (2ª edição da Perspectiva em 2016).
1975: primeira edição do livro “A revolução burguesa no Brasil” de Florestan Fernandes – reeditado em 2020, é objeto de artigo que inicia afirmando: “Racismo e desigualdade moldam autocracia burguesa no país, escreveu Florestan Fernandes”.
1909-32: A descrição de uma fotografia de “sala de espera segregada em Washington D.C.” contém a observação de que a “Photo includes race discrimination sign, ‘Colored Men’s Waiting Room’ ”.
1833: Segundo artigo na BN Digital, “Criado pelo jornalista, poeta, tipógrafo e livreiro Francisco de Paula Brito, o quinzenário O Homem de Côr foi o primeiro jornal brasileiro a lutar contra a discriminação racial, 55 anos antes da abolição da escravatura no Brasil”.
última atualização em 23 de agosto de 2020