Cheguei a esses documentos por e-mail do ITDP em 07/09/2023. Eles integram a série “Access for All – Acesso para Todas as Pessoas“. Acesse o verbete acessibilidade para todos (logomarca).
Acesse também o verbete a todos / de todos / para todos / todos (e derivações) e conheça outras utilizações dessas marcas para as quais foram elaborados verbetes na Biblioteca do LevanteBH.
ITDP (2022a): THE INSTITUTE FOR TRANSPORTATION AND DEVELOPMENT POLICY – ITDP [Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento]. Home page. Curso “Mobilidade e acesso para bebês, crianças pequenas e seus cuidadores”. New York, 2022. Disponível em: link externo. Acesso em: 7 set. 2023.
ITDP (2022b): THE INSTITUTE FOR TRANSPORTATION AND DEVELOPMENT POLICY – ITDP [Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento]. Apoio: Fundação Bernard van Leer. Acesso para bebês, crianças pequenas e pessoas cuidadoras. Editor da série Access for All [Acesso para Todas as Pessoas]: Ramon Cruz. Tradução: Luiz Hargreaves. New York, 2022 (janeiro para publicação original em inglês, novembro para publicação traduzida para o português). 102p. Disponível em: link externo. Acesso em: 7 set. 2023.
observação: Essa publicação integra lista do verbete mobilidade de crianças.
trechos:
p.2:
Nota de tradução: Este documento é uma tradução da publicação em inglês “Access and Babies, Toddlers, and Their Caregivers”. O termo em inglês “caregiver” é inclusivo e pode ser usado para descrever pessoas com diferentes identidades de gênero. Em vista da inexistência de um termo neutro em português que pudesse cobrir todo o espectro de identidades de gênero, optou-se, neste relatório traduzido, por
usar a expressão “pessoa cuidadora” para se referir a pessoas de qualquer gênero, inclusive as não binárias. Entretanto, eventualmente, será utilizado “cuidadoras e cuidadores” (ou similares) para dar maior fluidez à leitura. Outras pequenas modificações foram feitas ao longo do texto com o mesmo objetivo.
p.3:
INTRODUÇÃO À SÉRIE ACESSO PARA TODAS AS PESSOAS
Em muitas cidades e regiões ao redor do mundo, o automóvel e a infraestrutura relacionada a esse modo de transporte aprofundaram as divisões sociais entre pessoas privilegiadas (as que têm acesso aos serviços e oportunidades proporcionados pelas cidades) e as excluídas (as que não têm). As comunidades de baixa renda tendem a viver mais longe do emprego e dos bairros comerciais centrais, ou em áreas com transporte público precário.
Embora haja uma tendência mundial de projetar centros urbanos que misturam atividades comerciais, serviços e moradia e permitem que as pessoas vivam e trabalhem sem percorrer longos trajetos diariamente, há uma necessidade ainda maior de construir bairros mais inclusivos em torno de estações de transporte. O conceito de desenvolvimento orientado ao transporte sustentável (DOTS, uma tradução livre do termo em inglês Transit-Oriented Development) prevê espaços urbanos integrados que reúnem pessoas, atividades, serviços, edificações e áreas públicas. Contudo, ele não resulta necessariamente em mais inclusão e equidade social e, na verdade, pode estimular processos de gentrificação urbana. O desafio é garantir que os bairros modernos e novos empreendimentos, que concentram oportunidades de trabalho e serviços públicos (como educação, recreação e saúde), possam beneficiar toda a população, sem discriminar diferentes grupos demográficos.
Quando os países adotam os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a Nova Agenda Urbana da ONU e o Acordo Climático de Paris, as pessoas esperam que seus governos municipais abordem questões importantes como pobreza, mudanças climáticas e acesso a serviços, tomando ações evidentes em relação a elas. As mudanças climáticas ameaçam os meios de subsistência de muitas comunidades, afetando desproporcionalmente as pessoas com menos opções de mobilidade, como crianças pequenas e seus cuidadores e cuidadoras, ou mulheres grávidas. Em vista disso, esta série de artigos abre um diálogo sobre como o transporte afeta esses grupos de maneira diferente.
A série destila mensagens comuns de inclusão, equidade e acesso para todas as pessoas. O objetivo da iniciativa é nos ajudar a encontrar soluções para o transporte sustentável e o desenvolvimento urbano, melhorando a qualidade de vida nas cidades. Nesta segunda publicação da série, o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) e a Fundação Bernard van Leer examinam como os sistemas de transporte têm deixado de considerar os diversos padrões e necessidades de mobilidade de bebês e crianças pequenas (de 0 a 5 anos) e de suas cuidadoras e cuidadores. Este estudo oferece a partes interessadas da sociedade civil, órgãos públicos subnacionais, organizações doadoras e governos nacionais uma breve visão geral das necessidades de mobilidade desses grupos, além de um conjunto de recomendações para promover ações sensíveis a gênero e idade.